Porto
De 01 a 15 de Dezembro no Estúdio Zero
Terça a Sábado às 21h30
Domingo às 16h00
M/12
TU ÉS O DEUS QUE ME VÊ
Texto | Jacinto Lucas Pires
Encenação | Luís Mestre
Interpretação | António Parra e José Topa
Desenho de Luz | Joana Oliveira
Figurinos | Cenografia | Ana Gormicho
Desenho de Som | Sonoplastia | Luís Aly
Design | Fotografia | Janina Brandão
Produção Executiva | Cândida Silva
Produção | Teatro Nova Europa
sobre Tu És O Deus Que Me Vê
Dois actores, Pai e Filho, falam-dizem, ou melhor, contam-nos uma história, uma mais-ou-menos bíblia formato de bolso. No fundo, estes dois actores não-actores tentam construir uma nova cidade e salvar-nos, a todos nós.
FILHO “Calma, Pai, deve ser o efeito das drogas.”
PAI “Eu vi. Eu vi.”
FILHO E diz o Filho do meio: “Não é melhor alguém chamar o médico?” Mas ninguém se mexe. A cara do Velho Pai formando palavras.
PAI “O nome de Deus é: Tu És O Deus Que Me Vê.”
FILHO “Pai?” Pergunta o Filho mais novo. “Pai?”
PAI “O nome de Deus é: Tu És O Deus Que Me Vê, e Tu És O Deus Que Me Vê diz-me para eu vos dizer que temos de partir. De sair, de largar tudo, e ir à procura do nosso lugar de verdade.”
FILHO “Mas sempre vivemos aqui”, diz o Filho mais velho.
PAI “O nosso país sonhado, o lugar onde seremos finalmente.”
Uma Cidade Livre
A ideia é refazer a Bíblia em formato cartão-postal. A história de um Velho que, às portas da morte, tem uma visão de Deus e vive. Isto é: larga tudo e sai pelo País com a família à procura do lugar prometido. É um caminho difícil, muito difícil, desesperante, mas também, no fim de tudo, revelador. No lugar procurado e achado, a família ergue, do zero, uma Cidade Nova. A Cidade cresce, prospera, e cristaliza-se rapidamente em velha lei. E agora? Que personagem temos de ser? Que ideia feita corpo? Que outra palavra, que puro gesto? Que revolução?
Jacinto Lucas Pires
sobre o Teatro Nova Europa
Em qualquer profissão, a passagem de estudante a practicante mesmo sendo um talentoso intérprete, é um caminho longo e tortuoso pejado de dificuldades que torna a passagem quase uma impossibilidade. O problema é a experiência: para trabalhar com uma companhia de topo é necessária experiência, mas não se pode obter experiência se não se trabalha. O projecto do Teatro Nova Europa para 2010 faz a ponte entre estes dois momentos.
Assim, pretendemos juntar várias vertentes: o trabalho com novos intérpretes, criativos e novos autores portugueses, num projecto único que engloba várias actividades ao longo do ano.
Com a experiência passada tínhamos confirmado a necessidade de uma intervenção mais insistente e prolongada e fazia sentido um projecto que tivesse uma continuidade ao longo do ano em vez de se desenvolver em acções pontuais e, mais tarde, mediante o seu sucesso tornar-se num projecto a longo prazo: sempre com jovens actores, criativos e autores portugueses com nova dramaturgia.
Anualmente, o Teatro Nova Europa vai convidar talentosos jovens actores e criativos com formação em várias escolas para castings e participação nas produções a realizar pela companhia. Pretendemos desta forma criar uma ponte real (não virtual) que apoia, forma, dá experiência e põe à prova actores, dramaturgos e criadores portugueses cheios de potencial e sedentos por uma oportunidade no mercado de trabalho.
Este projecto não pretende ser uma espécie de Unidade de Inserção na Vida Activa, mas sim a própria vida activa de profissionais e jovens criativos, que se prepararam afincadamente durante anos nas escolas, para se aperfeiçoarem e terem uma oportunidade de pisar um palco, profissionalmente, e assim se revelarem aos criadores e pensadores do teatro.
Por essa Europa fora existem projectos semelhantes com um enorme sucesso, e naturalmente, consideramos que a cidade do Porto tem todas as condições e potencialidades para re-criar um projecto à medida dos nossos criadores, actores, dramaturgos e jovens do nosso país.
Para além de uma leitura encenada dos textos que o Novo Drama 2009 produziu no Dia Mundial de Teatro, com inéditos de sete novíssimos autores, e um Ciber Magazine com o nome 5 Minutos Com…, vamos realizar três produções teatrais, a partir de textos inéditos de dramaturgos portugueses com provas dadas: Jacinto Lucas Pires, Jorge Louraço Figueira e Ana Mendes. Estes textos terão como ponto fulcral personagens/actores jovens. Desta forma, abriremos espaço aos novos jovens actores e alunos finalistas sedentos de novas experiências e de entrar no mundo do trabalho.
Duração aproximada: 70min
Co-Produção | As Boas Raparigas... e Casa Das Artes de Famalicão
Apoio | Visões Úteis |
Estrutura Financiada pelo MC/DGArtes
Estúdio Zero -Rua do Heroísmo nº 86, (junto à estação de metro do Heroísmo) Porto.
Informações e reservas | 225 373 265 | asboasraparigas@gmail.com