terça-feira, 11 de outubro de 2011

6ª Edição do TRAMA - Festival de Artes Performativas



DANÇA

DORIS UHLICH


MoreThan Enough…



Domingo -
16 de Outubro às 15H30 no Estúdio Zero - Porto


Em “more than enough…” Doris Uhlich interroga-se a si própria e ao público como o corpo se pode tornar numa “marca registada” e qual o significado disto. Doris Uhlich, habitualmente designada nas críticas dos jornais como “uma bailarina corpulenta”, questiona nesta peça a importância da imagem exterior e do corpo físico. Até que ponto é dominante a imagem física exterior, na recepção pelo público de uma performance de dança? Existe um corpo perfeito para a dança? E finalmente: quem é bonito e quem não o é? Qual o significado de “bonito”? Através de entrevistas pelo telefone, Uhlich fala com pessoas cujos corpos não provêm dos cânones habituais de beleza e que, precisamente por isso, se transformaram em marcas. São as pessoas que criam a sua própria marca ou são os outros que o fazem por elas? A que estranho fenómeno assistimos actualmente, quando todas as pessoas querem ser ímpares mas sem terem que romper com os cânones? A época do Barroco, representada pela abundância e a magnificência, é nesta peça matéria para a representação física e reflexão textual sobre o corpo e a sua opulência.

INFORMAÇÕES E RESERVAS
+351 226 156 584
http://www.serralves.pt/actividades/detalhes.php?id=1836

doris uhlich
www.dorisuhlich.at
Website von Doris Uhlich

Estúdio Zero - Rua do Heroísmo nº 86 - 4300 -254 Porto.
Telefone - 225 373 265

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

segunda-feira, 18 de julho de 2011

MARAT/SADE







MARAT/SADE*


de PETER WEISS
com encenação de ANTÓNIO JÚLIO



Co-Produção

Numa Norma/As Boas Raparigas


Porto

21 de Julho a 6 de Agosto


no

ESTÚDIO ZERO

Terça a Domingo às 21.30h

M/16


Preço Único 5€



“Marat/Sade”

Considerada uma das maiores obras do teatro moderno, “Marat/Sade” constitui um olhar sobre a revolução, o poder e a fragilidade humana. A acção tem lugar no “Asilo de Charenton” (França), onde o Marquês de Sade se encontra internado, em Julho de 1808. É nesse asilo que Sade dirige uma outra peça: um drama sobre a morte de Jean-Paul Marat, um dos líderes da Revolução Francesa, que havia sido assassinado na banheira, há quinze anos atrás, por Carlotte Corday (Julho de 1793). É uma representação sangrenta e implacável da luta de classes e do sofrimento humano, que pergunta se a verdadeira revolução surge das transformações sociais ou da mudança no indivíduo.
Numa Norma


PROVA DE APTIDÃO PROFISSIONAL (PAP) DOS FINALISTAS DA ACE ESCOLA DE ARTES

A Prova de Aptidão Profissional constitui um elemento nuclear do Projecto Educativo da Academia Contemporânea do Espectáculo configurando-se como um “ritual de passagem” entre o universo escolar e a prática teatral profissional. Após três anos de formação, os alunos finalistas confrontam com o público, com o meio e com um júri alargado constituído por criadores, técnicos directores de teatros, críticos e representantes das associações profissionais, o resultado das suas aprendizagens numa área específica (interpretação, luz, som, cenografia, figurinos ou adereços).
Ao longo dos 16 anos de actividade da ACE, a PAP, cujo modelo estimulava os alunos a constituírem unidades de produção autónomas, esteve directamente na origem de várias companhias profissionais e da renovação dos quadros técnicos e artísticos das estruturas existentes. Vários Teatros (Carlos Alberto, Rivoli, Campo Alegre, Helena Sá e Costa, Vila Flor,…), Auditórios (Gaia, Espinho, Aveiro,… ), Museus ( Soares dos Reis, Guerra Junqueiro, Romântico...), jardins e ruas e, ainda, o Siloauto, o Planetário, a Estação da Trindade, o Castelo de S. João da Foz, a Capela do Palácio de Cristal, a Praia de Leça, as Caves Ramos Pinto, entre outros, converteram-se em cenários de Genet, Pinter, Torga, Beckett, Tchekov, Herberto Hélder, Ionesco ou Copi. Desde 1993 que espectáculos de teatro, teatro de rua, teatro de marionetas, concertos, exposições, e recitais, Provas de Aptidão Profissional da ACE, marcam de forma vincada a vida cultural da região.



MARAT/SADE insere-se no Ciclo de Espectáculos dos Finalistas da ACE Escola de Artes.


Quatro espectáculos, em diferentes espaços da cidade, apresentam os futuros profissionais à comunidade.

Ocupando 4 espaços de relevância (Auditório da ACE Teatro do Bolhão, Estúdio Zero, Passos Manuel e Fábrica Social – Fundação José Rodrigues), os alunos finalistas da ACE Escola de Artes confrontam o público e a comunidade teatral com o resultado da sua formação de 3 anos, interpretação, cenografia, aderecistas, figurinistas, sonoplastas ou desenhadores de luz. Em colaboração com encenadores reconhecidos como actores, cenógrafos (Victor Hugo Pontes, António Júlio, Rodrigo Santos e Álvaro Correia) esta é uma excelente oportunidade para se ver o que mais de jovem e audaz se faz.

* Este espectáculo constitui a Prova de Aptidão Profissional (PAP) dos alunos finalistas da Escola


MARAT/SADE
de Peter Weiss

Tradução
Sylviane Angèle Rigolet

Encenação e Dramaturgia
António Júlio

Assistência de Encenação
Paulo Mota

Interpretação
Beatriz Frutuoso Anunciador*
Daniela Marques Charlotte Corday*
Edi Gaspar Jean-Paul Marat*
Élio Ferreira Marquês de Sade*
Hélder Silva Duperret*
Maria Teresa Barbosa Jacques Roux*
André Loubet Religiosa
Carlos Gonçalves Paciente
Catarina Ribeiro Enfermeira
Cristina Silva Paciente
Edgar Costa Cantor Soldado Raso
Hugo Silva Cantor Cocorocó
Inah Santos Cantora Toutinegra
Pedro Roquette Coulmier
Renata Fernandes Simone Évrard
Tiago Lourenço Enfermeiro

Cenografia
Ana Rigolet Neves*

Apoio à Execução de Cenografia
Luma Breves
Fernando Almeida

Figurinos e Adereços
Francisco Martins*
Paula Cabral*

Apoio à Execução de Figurinos
Cândida Campos
Alzira Leitão

Luz
José Carlos Santos*

Som
João Vítor Sousa*

Apoio Técnico
Diogo Mendes
José Carlos Menezes
Apoio à Produção
Fernando Almeida
ACE - Academia Contemporânea do Espectáculo - Glória Cheio

Registo de Vídeo
José Simões

Co-Produção
“As Boas Raparigas…”

Apoios
ACE - Academia Contemporânea do Espectáculo

* alunos em prova

Estúdio Zero - Rua do Heroísmo nº 86 (junto ao metro do Heroísmo)- Porto

Informações │915 497 636 │ 225 373 265 │numanorma@gmail.com

sábado, 9 de julho de 2011

NARRATIVA FOTOGRAFICA SOBRE O TEXTO "A PEDRA"

http://paulopimenta.blogspot.com/2011/07/narrativa-fotografica-sobre-o-texto-e.html

terça-feira, 28 de junho de 2011












A PEDRA

de Marius von Mayenburg

“Enquanto a casa passa de dono para dono, e de geração para geração, os segredos enterrados no jardim e surgidos nas paredes, revelam-se”.

Porto

De 06 a 10 de Julho

De 09 a 25 de Setembro

no Estúdio Zero

Terça a Sábado às 21h45

Domingo às 16h00

Dia 24 de Setembro uma sessão extra às 16h00.

M/12



AUTOR│ Marius von Mayenburg

TRADUÇÃO│ Ricardo Braun

ENCENAÇÃO│ Cristina Carvalhal

INTERPRETAÇÃO│ Daniel Pinto, Joana Carvalho, Júlia Correia, Maria do Céu Ribeiro, Sandra Salomé, Sara Carinhas

DESENHO DE LUZ│ Nuno Meira

CENOGRAFIA│ Cláudia Armanda

FIGURINOS│ Catarina Barros

SONOPLASTIA│ Luís Aly

DESIGN GRÁFICO│ Sara Pazos

SINOPSE

Depois da queda do Muro de Berlim, três mulheres, a avó, a filha e a neta recuperam a casa de família, formalmente comprada a um casal de judeus. As leis da restituição deram-lhes esta propriedade que tinham abandonado para ir para o Ocidente. Tudo podia correr bem, mas a memória e o modo como elas tentam reconstruir o passado, assombram o local.



A PEDRA

Enquanto uma casa em Dresden passa de um dono para outro e de geração em geração, uma pedra enterrada no jardim revela os segredos escondidos de uma família alemã. A Pedra examina as reverberações e herança de sessenta anos de História alemã desde a Segunda Guerra Mundial até à Queda do Muro de Berlim. A história começa em 1935, quando Witha e o marido Wolfgang compram uma casa a um casal judeu que está a ser forçado a fugir da Alemanha. Depois de começarem a viver na casa, esta é atacada pela Juventude Hitleriana, que lhe atira pedras às janelas. A história salta para 1945, para o bombardeamento de Dresden. Witha sobrevive à destruição, escondendo-se na cave com a filha Heidrun, e Wolfgang morre.

A próxima parte da história da família ocorre em 1953, quando Witha decide mudar-se para a Alemanha Ocidental com Heidrun, à procura de uma vida melhor. Enquanto vasculham as coisas que vão levar consigo, Heidrun descobre uma das pedras que tinha sido usada no ataque à casa. Ela questiona a mãe sobre o papel do pai na guerra e sobre a sua morte. Witha diz-lhe que Wolfgang salvou uma família de judeus, ajudando-os na fuga, e que foi morto a tiro pelos russos. Antes de irem embora, Heidrun enterra a pedra no jardim.

A história continua em 1978. Heidrun está grávida e conseguiu ir visitar a sua casa de infância com Witha. Como a Alemanha de Leste é agora um estado comunista, a casa é propriedade comunal e está habitada por três famílias. Quando a visitam, só há uma família em casa e elas pedem para dar uma vista de olhos. O homem que ali vive não as deixa entrar, mas Heidrun suborna a neta com a promessa de lhe enviar uma tablete de chocolate do Ocidente todos os anos pelo aniversário da criança. Heidrun desenterra a pedra do jardim e leva-a consigo.

A última parte da história acontece em 1993, na sequência da queda do Muro de Berlim. Heidrun reclamou a casa e voltou a viver nela com Witha e a filha Hannah. Uma mulher aparece à porta, afirmando que veio incomodá-las. Descobrimos que ela é a neta que conheceram em 1978 e veio reclamar as tabletes de chocolate que Heidrun lhe prometeu mas nunca lhe enviou. Também as informa da perturbação e raiva que provocaram ao obrigar a família a sair da casa.

No decurso da conversa com a mulher, Witha revela a verdade do que aconteceu com a família judia em 1935. Heidrun e Hannah recusam-se a acreditar nela e contentam-se em pensar que a idade confundiu e turvou a memória de Witha.

É importante referir que, apesar de serem estes os acontecimentos cronológicos da história, o autor, Marius von Mayenburg, não apresenta a história de forma linear na peça. Pelo contrário, os períodos de tempo são entremeados e uma cena em 1935 pode aparecer imediatamente antes ou depois de uma cena em 1993 ou de outra em 1978.



Marius von Mayenburg

Marius von Mayenburg nasceu em Munique em 1972. Estudou Alemão Antigo na Universidade de Munique, antes de se mudar para Berlim em 1992, onde fez um curso de dramaturgo na escola Hochschule der Künste de 1994 a 1998. Em 1995 concluiu uma colocação no Münchner Kammerspiele. Em 1998 tornou-se membro da equipa de direcção artística no Baracke, o teatro-estúdio do Deutsches Theater em Berlim. Em 1999 foi com Thomas Ostermeier trabalhar como director artístico e damaturgo residente no Berliner Schaubühne am Lehniner Platz. A sua peça “Fireface” estreou no Royal Court Theatre em 2000 encenada por Dominic Cooke e “The Ugly One” foi produzida em 2007 pelo Royal Court e encenada por Ramin Gray. Ganhou dois prestigiosos prémios na Alemanha: o Kleist-Förderpreis für junge Dramatik 1997 com “Fireface”, e Preis der Autorenstiftung “Heiddelberger Stückemarkt” 1998.

Nova Arte Dramática Alemã, Instituto Goethe



ESTÚDIO ZERO - Rua do Heroísmo nº 86 4300 – 254 Porto


INFORMAÇÕES E RESERVAS

Tel.Fax 225 373 265

asboasraparigas@gmail.com

sábado, 11 de junho de 2011

Novo Grémio do Porto │ Ciclo de dramaturgias teatrais em torno da temática "A PEDRA" de Marius von Mayenburg│Junho.

Convite para participar já este sábado dia 11 de Junho na leitura: "A Batalha" e "Abecedário" de Heiner Müller - Leituras no Estudio Zero às 21h00.



Tomando como pretexto a estreia de “A Pedra” de Marius von Mayenburg , produção de As Boas Raparigas, encenada por Cristina Carvalhal em 6 de Julho, o Novo Grémio do Porto apresenta em Junho um ciclo de dramaturgias teatrais em torno da temática de “A Pedra”; de que forma é que para cada um de nós a identidade se molda e a importância que as raízes culturais e geográficas têm na construção do individuo e ao longo das gerações.

Procuraremos descobrir relações entre diversas peças que abordem este período histórico – a Alemanha Nazi antes da guerra, durante e no pós-guerra - e que tenham na sua reflexão estas questões: as consequências de se ser alemão ou de se ser judeu neste período, a reformulação de uma identidade, a posse, o estatuto social, a memória - a relevância contemporânea de conflitos exemplares na história recente da Alemanha.

Estas dramaturgias serão alvo de leitura e discussão em Junho no Estúdio Zero. Na continuação do carácter informal com que o Grémio tem vindo a fazer as suas leituras no Mosteiro, convidam-se todos os interessados a participar quer na discussão quer na própria leitura dos textos, de modo a podermos assim reflectir em conjunto sobre estes diversos temas que talvez não se detenham nessa época…


A entrada será de 1 euro.


Daniel Macedo Pinto

Novo Grémio do Porto


Contactos:

Daniel Macedo Pinto - 917084301

Estudio Zero - 225373265

Estúdio Zero - Rua do Heroísmo nº 86 (Junto ao metro do Heroísmo) - Porto.

domingo, 5 de junho de 2011

Novo Grémio do Porto │ Ciclo de dramaturgias teatrais em torno da temática "A PEDRA" de Marius von Mayenburg│7,4,21 e 28 de Junho.




Convite para participar já esta terça-feira dia
7 de Junho na primeira leitura: "Terror e miséria no Terceiro Reich" de B. Brecht.



Tomando como pretexto a estreia de “A Pedra” de Marius von Mayenburg , produção de As Boas Raparigas, encenada por Cristina Carvalhal em 6 de Julho, o Novo Grémio do Porto apresenta em Junho um ciclo de dramaturgias teatrais em torno da temática de “A Pedra”; de que forma é que para cada um de nós a identidade se molda e a importância que as raízes culturais e geográficas têm na construção do individuo e ao longo das gerações.

Procuraremos descobrir relações entre diversas peças que abordem este período histórico – a Alemanha Nazi antes da guerra, durante e no pós-guerra - e que tenham na sua reflexão estas questões: as consequências de se ser alemão ou de se ser judeu neste período, a reformulação de uma identidade, a posse, o estatuto social, a memória - a relevância contemporânea de conflitos exemplares na história recente da Alemanha.

Estas dramaturgias serão alvo de leitura e discussão em Junho, todas as terças-feiras às 21h no Estúdio Zero. Na continuação do carácter informal com que o Grémio tem vindo a fazer as suas leituras no Mosteiro, convidam-se todos os interessados a participar quer na discussão quer na própria leitura dos textos, de modo a podermos assim reflectir em conjunto sobre estes diversos temas que talvez não se detenham nessa época…


A entrada será de 1 euro e mais uma vez se convida a que tragam comes e bebes


Daniel Macedo Pinto

Novo Grémio do Porto


Contactos:

Daniel Macedo Pinto - 917084301

Estudio Zero - 225373265

Estúdio Zero - Rua do Heroísmo nº 86 (Junto ao metro do Heroísmo) - Porto.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

FITEI - Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica


“Histórias de Família”
de
Biljana Srbljanovic

30 de Maio
Segunda - 17h00
Estúdio Zero, Porto



”Histórias de Família”

Texto | Biljana Srbljanovic
Direcção de Actores | Daniel Pinto
Tradução| Maria do Céu Ribeiro
Interpretação | Cátia Guedes
Cristovão Carvalheiro
Miguel Lemos
Rita Lagarto
Figurinos| Lita Marcelino
Desenho de Luz | Rui Monteiro
Cenografia | Ana Gormicho e Daniel Teixeira
Sonoplastia | Bruno Pereira
Assistente de iluminação | Eduardo Abdala
Design Gráfico | Cristovão Carvalheiro
Caracterização | Marla Santos
CO-PRODUÇÃO As Boas Raparigas e Teatro Bisturi




“Histórias de Família” de Biljana Srbljanovic

“ - Bem, meu filho, repete o que dissemos: Como é que um homem inteligente se deve comportar?
-Um homem inteligente respeita a regra: A cabeça na areia, o cu contra a parede.
-Exacto. E o que é que ele não deve fazer? Nunca a nenhum preço?
-Dizer o que pensa.
-Exacto. E a quem?
-Não interessa. Seja a quem for.
-Seja a quem for, meu filho, seja a quem for. O mesmo comportamento para todos: Não vejo, não ouço e sobretudo, especialmente e particularmente: NÃO PENSO. É isto?”

“Os heróis desta peça não são os pobres, nem pelo seu carácter, nem pela sua vida quotidiana.
São os cidadãos de um país em ruínas.”


Biljana Srbljanovic

Nasceu em 15 de Outubro de 1970 em Estocolmo, Suécia, naturalizada Sérvia, reside em Belgrado e, para além de ser dramaturga e política, é também docente da Faculdade de Artes Dramáticas de Belgrado.
Biljana escreveu 7 peças. As suas peças foram encenadas em 50 países. Em 1 de Dezembro de 1999, ela tornou-se a primeira escritora estrangeira a receber o prémio Ernst Toller.
A sua obra teatral valeu-lhe vários prémios, incluindo o prémio Selenic Slobodan, o prémio Osvajanje Slobode, o prémio Cidade de Belgrado e o prémio Sterija.


BISTURI

Entramos recentemente no mercado de trabalho como um grupo de jovens actores que se preocupa com a sociedade em que vive e que quer intervir artística e activamente no desenvolvimento da mesma. Interessa-nos trabalhar em laboratório, quer no plano do trabalho de actor, quer no plano da transposição à realidade social que se instala no Porto, Portugal, Mundo.
Temos lido e relido com especial atenção esta peça, que retrata uma realidade que não nos é, em primeiro plano, próxima, mas que ao reflectirmos sobre ela as temáticas tornam-se transversais. É do nosso total interesse expor, reflectir e trabalhar sobre os quadros familiares que a autora nos apresenta – são uma forma de exposição de uma sociedade enfraquecida pela educação nas crianças e de como tudo isto se manifesta já na idade adulta. E porque não revisitar as ‘’brincadeiras’’ e traquinices da infância, num turbilhão do faz-de-conta, num acto heróico-critico de sensibilização da nossa consciência e da do nosso público, sobre estas questões?

Género: Teatro
Duração aproximada: 100min
Classificação etária: M/16

Informações: 222 082 432

domingo, 17 de abril de 2011


IREMOS CURAR-TE PELO EXCESSO

Porto

De 22 de Abril a 1 de Maio no Estúdio Zero

Terça a Sábado às 21h30

Domingo às 16h00

M/16



Texto | Mickaël de Oliveira

Encenação | Luís Mestre
Interpretação | Gilberto Oliveira, Tânia Dinis e Sílvia Santos
Desenho de Luz | Joana Oliveira
Figurinos | Cenografia | Ana Gormicho
Sonoplastia | Luís Aly
Design | Fotografia | Janina Brandão
Assistente| Rita Xavier
Montagem de Luz | Eduardo Abdala e Vasco Mosa
Operação de Som | Vasco Mosa
Produção Executiva | Cândida Silva
Produção | Teatro Nova Europa
Co-Produção | Casa Das Artes de Famalicão
Colaboração | Estúdio Zero
Apoio | Visões Úteis

Estrutura Financiada pelo MC/DGArtes


sobre Iremos Curar-te Pelo Excesso

Iremos curar-te pelo excesso trata de uma viagem pelo mundo contemporâneo dos complexos, da relação que as pessoas têm com o seu próprio corpo e de como essa relação consigo próprio afecta o equilíbrio de uma sociedade ou de um simples casal que procura o mítico “bem-estar” nas terapias mais exóticas, seguindo o mito da “emancipação pessoal”. Iremos curar-te pelo excesso penetra na intrusão do desconforto de um homem que está encarcerado num espaço dedicado à festa, seja ela qual for, com a sua mulher e uma desconhecida que não os deixa sair enquanto todos não tiverem encontrado a “solução” ao seu problema. Ele terá de passar por níveis sucessivos, através de jogos perversos e de resoluções de enigmas, de espera, de tortura psicológica, para poder, finalmente, alcançar a prometida cura para além dos desejos egoístas. Iremos curar-te pelo excesso também poderia ter-se chamado fuck yourself.


Excerto

C

Toda a gente tem uma coisa qualquer a dizer frente a uma câmara

As pessoas são cada vez mais importantes

são cada vez mais bonitas

põem fotografias na internet, nos chats, no facebook a vender o corpo

muito pouco subtil

Está tudo no olhar abandonado, na cabeça que vai para a esquerda

no ângulo da câmara que vai para a direita

no ombro desnudado

Porque é que não mostram logo a cona?

Conheço muitos homens que mostram logo a pila

As mulheres ainda acreditam na sedução e isso não é nada feminista

Elas ainda não perceberam que a carne está em crise

e que o seu preço está cada vez mais baixo

e que a sedução já não é uma mais valia comercial

Já não há tempo para mais nada senão para o encaixe puro e simples


Há cada vez mais expositores e a concorrência torna-se atroz


Sabem o que tem dado algum contentamento?

As pessoas cansaram-se de vez com as coisas virtuais

voltaram a querer as coisas concretas

voltaram a querer penetrar na tirania do real


A virtualidade leva-nos ao fracasso


sobre o Teatro Nova Europa

Apesar de ter sido constituída em 2004, a actividade do TEATRO NOVA EUROPA (TNE) só teve início público em Setembro de 2005 com a edição e produção, em DVD, do documentário intitulado O ESTRANGEIRO, filmado por Luís Araújo. Este filme baseia-se no processo de trabalho para a montagem do espectáculo OS HOMENS DAS LATAS de Edward Bond, que contou com a encenação do nosso Director Artístico Luís Mestre. Em 2006, e sem qualquer apoio financeiro governamental ou municipal, produziu WAKE UP AND SMELL THE COFFEE de Eric Bogosian. Este espectáculo contou com a tradução e encenação de Luís Mestre e interpretação de Tiago Rodrigues. WAKE UP estreou no Pequeno Auditório do Rivoli Teatro Municipal a 4 de Maio de 2006 e iniciou a sua digressão pelo país no Teatro Maria Matos (tornando-se assim co-produtor deste espectáculo) em Lisboa, onde realizou 12 apresentações, com início em 23 de Novembro de 2006. A digressão terminou na Casa das Artes de Vila Nova Famalicão a 19 de Abril de 2007 onde foram realizadas duas apresentações. Em 2008, definindo como prioridade a aposta na formação, organizou vários workshops de interpretação para jovens profissionais e alunos finalistas das escolas de teatro tendo como ponto de partida peças contemporâneas e clássicas. Durante estes workshops criou-se uma rede de potenciais colaborações com jovens profissionais. Estes workshops contaram com a direcção de Luís Mestre. Já em 2009, em co-produção com o Balleteatro e com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, o TNE tomou a iniciativa de desenvolver um programa de formação inicial em escrita teatral, genericamente designado Novo Drama (ND), a repetir-se bienalmente. Este programa que conta com os formadores Jorge Louraço Figueira e Luís Mestre e que tem a duração de 23 semanas, propõe criar uma série de acções de formação básica e, posteriormente, uma agenda de eventos relacionados com a criação dramatúrgica original, que permitam facilitar um maior entrosamento com a comunidade teatral, propiciando o aparecimento de novas obras e novos autores. Em 2010, com o financiamento do Ministério da Cultura/Direcção-Geral das Artes (Apoio Anual 2010), produziu: Ciber Magazine 5 Minutos Com… (magazine de divulgação cultural via net), Leitura Encenada Novo Drama 2009 com textos de Ana Luísa Azevedo, Marco Ferraz, Eva Paula Fernandes, Ricardo Ciríaco, Renata Portas e Tiago Correia e direcção de Luís Mestre (co-produção Balleteatro e apoio da Fundação Calouste Gulbenkian), Condomínio de Ana Mendes com encenação de Luís Mestre (co-produção Balleteatro e Casa das Artes de Famalicão), Tu És O Deus Que Me Vê de Jacinto Lucas Pires, encenação de Luís Mestre (co-produção Balleteatro e Casa das Artes de Famalicão) e TeleGanza de Jorge Louraço Figueira com encenação de António Durães (co-produção Casa das Artes de Famalicão e colaboração do Teatro do Bolhão e As Boas Raparigas…).

sobre o autor Mickaël de Oliveira

Nasceu em 1984 na cidade de Paris e vive em Portugal desde 1999, residindo actualmente em Lisboa. É licenciado e mestre em Estudos Artísticos – Variante Teatro, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e está a finalizar o seu doutoramento na área da dramaturgia contemporânea portuguesa e europeia, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Escreve para teatro desde 2004, desenvolvendo simultaneamente um trabalho de encenação em Coimbra, no TAGV, o qual deixou para se dedicar exclusivamente à escrita. Co-fundou o Colectivo 84 em 2008, para o qual escreve. Tem colaborado igualmente com outras companhias como a Cão Danado (Braga, Nuno M. Cardoso) e a Teatro Nova Europa (Porto, Luís Mestre). O seu percurso foi galardoado recebendo, em 2007, o Prémio Nova Dramaturgia Maria Matos (Teatro Municipal Maria Matos, Lisboa) com Entregou o que é teu aos mortais e, em 2009, a Menção Honrosa do Prémio Luso-Brasileiro António José da Silva (Teatro Nacional D. Maria II, Lisboa / FUNARTE, Brasil) com o texto Clitemnestra. É autor de uma dezena de textos, entre os quais, os mais recentes: Hipólito – monólogo masculino sobre a perplexidade (2009, co-prod ZDB, Lisboa, enc. John Romão), 70KG (2009, enc. John Romão) Monólogos e Materiais para o espectáculo Velocidade Máxima (2009, Festival Citemor/Teatro La Laboral, Gijón, Espanha, enc. John Romão), Só os idiotas querem ser radicais (2009, enc. John Romão), Textos para apocalipses para o espectáculo Morro como país, baseado no texto de Dimítris Dimitriádis (2010, co-prod. Festival Citemor, enc. John Romão), A hora é nocturna e o tempo é agora (2010, co-prod. Colectivo 84, São Luiz Teatro Municipal, enc. Nuno M. Cardoso).

Vários dos seus textos estão traduzidos para francês, inglês, castelhano, eslovaco, tendo sido montadas várias leituras em França (Rouen, Théâtre des 2Rives, 2007), Bélgica (Liège, Théâtre de la Place, 2008 e 2011) e em Genebra (Comédie de Genève, 2011).

É director artístico do festival de dramaturgia contemporânea em Portugal - Encontros de Novas Dramaturgias Contemporâneas, que teve lugar no São Luiz Teatro Municipal (Lisboa) em Novembro de 2010, projecto que explora e promove a dramaturgia contemporânea portuguesa e internacional. É igualmente o coordenador português do projecto europeu Corps de Textes Europe, que visa promover a circulação dos textos de jovens autores através dos países da União Europeia.

É professor assistente de Gestão Cultural e de Estudos Artísticos na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria.

sobre o encenador Luís Mestre

Tem 36 anos e vive no Porto. Estudou Teatro na A.C.E. - Academia Contemporânea do Espectáculo e Engenharia na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e Instituto Superior de Engenharia do Porto. É Encenador, Actor, Tradutor e Dramaturgo. Das cerca de vinte encenações, destacam-se: Tu És o Deus Que Me Vê de Jacinto Lucas Pires (Teatro Nova Europa / As Boas Raparigas / Casa das Artes de Famalicão), Condomínio de Ana Mendes (Teatro Nova Europa / Balleteatro / Casa das Artes de Famalicão), Medeia a partir de Eurípides (As Boas Raparigas), 4.48 Psicose de Sarah Kane (As Boas Raparigas), Wake Up And Smell The Coffee de Eric Bogosian (Teatro Nova Europa / Teatro Maria Matos), Desejo de Sucesso de David Mamet (Seiva Trupe) e American Buffalo de David Mamet (Teatro Art’Imagem). Traduziu “Coros de Depois dos Assassinatos” de Edward Bond (Sessão de Leitura no DRAMAT / TNSJ - Teatro Nacional S. João - Quasi Edições), “American Buffalo”, “O Bosque” e “Desejo de Sucesso” de David Mamet, “Vozes” e “Laranja/Azul” de Joe Penhall, “Sickness” de Raimondo Cortese, “Wake Up and Smell the Coffee” de Eric Bogosian, entre outros. Como dramaturgo escreveu Fúria (2006), Numa Certa Noite (2008) peça vencedora do concurso Isto Não É Um Concurso, produzida por Artistas Unidos / Festival de Almada e publicada na Revista Artistas Unidos nº 23, Os Que Sucedem (2009) produzida pela Companhia A Turma em co-produção com As Boas Raparigas e Teatro Helena Sá e Costa, Num Dia Qualquer (2009) produzida por Renata Portas, Agora Sou Medeia (2010), A Manhã, A Tarde e A Noite (2010) peça vencedora do Concurso INATEL / Teatro Novos Textos 2010 e Scherzo para o Sr. Ministro da Cultura ou Uma Conferência de Imprensa (2010) produzida pelo S. Luiz Teatro Municipal / Colectivo 84.

É colaborador regular da Revista Artistas Unidos, destacando a participação como representante desta publicação no EUROZINE - The 22nd European Meeting of Cultural Journals – European histories, Vilnius – Lituânia – Capital Europeia da Cultura 2009, no EUROZINE - The 20th European Meeting of Cultural Journals – Changing places (What's normal anyway?), Sibiu – Roménia – Capital Europeia da Cultura 2007 e no NOVÁ DRÁMA/NEW DRAMA 2007 – The 3rd year of Contemporary Slovak and World´s Drama, Bratislava – Eslováquia.

Em 2007 foi candidato ao Royal Court International Residency com o apoio do Instituto das Artes, Fundação Calouste Gulbenkian e British Council. No cinema trabalhou com Inês Oliveira e Edgar Pêra. É Professor Residente de Interpretação do Curso de Teatro do Balleteatro Escola Profissional.

Formador do curso Escrita Para Teatro na Escrever Escrever em Lisboa. É Director Artístico do Teatro Nova Europa desde 2004.

Duração aproximada 90 min | M/16 | Preço 5 euros

Informações e Reservas | 916 031 479 (15h às 19h) / 225 373 265|prod.teatro.nova.europa@gmail.com | teatronovaeuropa.pt.vu

Estúdio Zero - Rua do Heroísmo, 86 (junto ao metro do Heroísmo) – Porto


segunda-feira, 11 de abril de 2011

ACOLHIMENTO ESTÚDIO ZERO


CORTA !

de Cecília Ferreira

15 e 16 de Abril, às 21h30

17 de Abril às 16h30 e às 21h30, no ESTÚDIO ZERO - Porto


SINOPSE

Inspirado na mundividência cinematográfica de Pedro Almodovar, eis um universo feminino reinventado, mas não menos excessivo e misterioso. Quatro mulheres à beira de um ataque de nervos, e de saltos altos, aderem à lei do desejo e deixam-se perder num labirinto de paixões, de má educação, de negros hábitos e de abraços desfeitos, matadores. Às vezes choramos abundantemente. Às vezes rimos a bandeiras despregadasI

A Teatro a Quatro constituiu-se em 2010 e nasceu da vontade de continuar a fazer teatro de quatro finalistas da ESMAE. Corta! foi o seu primeiro espectáculo, seguindo-se-lhe O Sítio do Não-se-sabe- onde, uma co-produção com o Teatro Bandido. Actualmente, a Teatro a Quatro faz parte da ACBETAQ - Associação Cultural Bandido e Teatro a Quatro, juntamente com o Teatro Bandido e é uma das companhias residentes na Fábrica da Rua da Alegria. O Corta! emanou do desejo de trabalhar sobre a comicidade do universo feminino. Almodovar foi a inspiração e o ponto de partida. A partir daí foi um torvelinho de ideias, reflexões e um mergulhar conjunto no universo do cineasta. De um work in progress disciplinado surgiu um texto original e uma criação colectiva.

FICHA TÉCNICA

Texto Cecília Ferreira Encenação e Interpretação Catarina Santos, Cecília Ferreira, Isabel Carvalho, Joana Magalhães Design de Luz Romeu Guimarães Design de som Rui Sampaio Montagem de vídeo Rui Sampaio Operador de luz Diana Correia Operador de som Pedro Vieira Design gráfico Ricardo Mendes Cabeleireiro Leonel Fernandes Produção Vanessa Freitas Voz-Off Ricardo Rocha


RESERVAS - 91 026 36 02, pelo Facebook (onde basta mandar o nome, dia e o número de reservas) ou pelo email teatroaquatro@gmail.com.

ESTÚDIO ZERO - Rua do Heroísmo nº 86 - junto à estação de metro do Heroísmo - Porto).

segunda-feira, 28 de março de 2011

ACOLHIMENTO ESTÚDIO ZERO



Ossário de Mark O'Rowe


PORTO

De 1 a 9 de Abril no Estúdio Zero

Quarta-feira a Sábado às 21h30

Duração aproximada - 90 min

M/16


Tradução Francisco Luís Parreira Encenação João
Cardoso Cenografia Sissa Afonso Figurinos Bernardo
Monteiro Desenho de luz Nuno Meira Sonoplastia
Francisco Leal Interpretação Constança Carvalho
Homem, Isabel Queiroz, Rosa Quiroga

Uma produção da ASSéDIO - Associação de Ideias Obscuras


Ossário é “sobre um lugar ficcional na Irlanda, uma pequena cidade abandonada por qualquer espécie de bondade, na qual todo o tipo de transacções, sejam elas físicas, comerciais ou emocionais, têm lugar a um nível violento e desumano. É como uma espécie de cidade de fronteira, sem leis, é a história de três mulheres diferentes que decorre durante um período de seis horas, e é basicamente sobre esse pequeno vislumbre de bondade, essa tentativa de sobreviver num lugar tão completamente perdido e desumano” (Mark O’Rowe). Três personagens, três mulheres, três monólogos, três narrativas que se cruzam para nos contar uma história passada algures num território entre o pesadelo e a realidade. Através da alternância de intervenções monologadas, multiplicam-se as visões sobre um mesmo conjunto de acontecimentos violentos, servidas por uma linguagem ágil, inventiva e veloz, erguida da sarjeta às alturas da mais surpreendente poesia.

Bilhete normal: 7,5 €
Bilhete Estudante, Cartão Jovem, Sénior: 3,75 €

Estúdio Zero : Rua do Heroísmo nº 86 - (Junto ao metro do Heroísmo ) 4300-254 Porto
22-5373265
asboasraparigas@gmail.com


INFORMAÇÕES E RESERVAS


ASSÉDIO – Associação de Ideias Obscuras
Rua Nova da Alfândega, nº7, sala 202 / 4050 – 430 430 Porto
T. 91 2900070
www.assedioteatro.com.pt / assedio@vodafone.pt

terça-feira, 15 de março de 2011

ACOLHIMENTO ESTÚDIO ZERO

HOLIDAY

FORA DE PORTAS TNSJ

ODISSEIA: DIA MUNDIAL DO TEATRO

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De 24 a 27 de Março no Estúdio Zero

Quinta-feira a Sábado às 21h30

Domingo às 16h00

Duração aproximada 1:20

M/12





concepção e direcção
Adriano Cortese
texto
Raimondo Cortese
desenho de som
David Franzke
desenho de luz
Niklas Pajanti
cenografia
Anna Tregloan
interpretação
Paul Lum, Patrick Moffatt
produção
Ranters Theatre (Austrália)



É o regresso ao Porto da companhia australiana Ranters Theatre, dos irmãos Cortese (Adriano, o encenador; Raimondo, o dramaturgo) e dos talking heads ou tagarelas compulsivos que habitam o seu teatro. Visitaram-nos pela primeira vez em plena Capital Europeia da Cultura, num PoNTI que durou todo o ano de 2001; voltaram em 2003, à boleia de Coimbra – Capital Nacional da Cultura; e regressam agora, a bordo do Odisseia, para celebrar o teatro e o seu Dia Mundial. De Holiday pode-se dizer que é uma gentil provocação. Num pacato dia de férias, dois estranhos descansam junto a uma piscina. Nada têm para fazer, e provavelmente nada têm para dizer. Todavia, sob diálogos aparentemente inconsequentes e longos silêncios, circulam fantasias íntimas, ansiedades e culpas encapotadas, inquietações que se plasmam em inesperadas canções barrocas, cantadas a cappela pelos actores em calções de banho. Uma incursão nas complexidades do chamado “homem simples”, feita num frugal quadro cénico, uma das imagens de marca da companhia de Melbourne, a par do primado absoluto de uma representação viva.

Esta peça sobre nada contém magníficas camadas de temas estimulantes. Apesar de não sabermos nada de importante sobre estes dois homens, cada palavra e cada frase ganham muito mais sentido porque quem eles são, a sua identidade e relação um com o outro, é algo que está a ser construído instante a instante. Não há história, no sentido de uma narrativa em desenvolvimento, apenas uma sequência de momentos cristalinos que podem ir de aborrecidos a belos num só salto. O cenário de Anna Tregloan – uma caixa branca intensamente iluminada que contém a piscina, várias cadeiras e um par de bolas de praia – contradiz a complexidade que palpita sob a simplicidade aparentemente minimalista da peça. As interpretações de Lum e Moffatt são requintadamente moduladas e refinadas, produzindo um naturalismo que nunca parece forçado. Os irmãos Raimondo e Adriano Cortese têm vindo a criar uma poderosa obra sob a égide dos Ranters, e esta peça afável, de tonalidades subtis e intelectualmente rigorosa é claramente um dos seus melhores trabalhos.

John Bailey - The Age (19 Aug. 2007).


Atendimento e Bilheteira :

Informações 800‑10‑8675 (Número grátis a partir de qualquer rede)
22-3401910 begin_of_the_skype_highlighting              22-3401910      end_of_the_skype_highlighting begin_of_the_skype_highlighting              22-3401910      end_of_the_skype_highlighting
bilheteira@tnsj.pt

Estúdio Zero
: Rua do Heroísmo nº 86 - (Junto ao metro do Heroísmo ) 4300-254 Porto
22-5373265
asboasraparigas@gmail.com